tag:blogger.com,1999:blog-91116796234117199802024-02-19T12:24:11.116+00:00O que se come...RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.comBlogger46125tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-11948798648143067182011-08-13T22:30:00.003+01:002011-08-13T23:23:37.077+01:00Igreja e Baptizados<div style="text-align: justify;">A minha amiga S. convidou-me para ser madrinha de baptismo do filho e eu, pela estima e o amor que lhe tenho, pelos mais de 20 anos de amizade, aceitei e senti-me muito feliz por essa honra. Ainda que não seja católica praticante (pelo menos como a Igreja o entende) conheço as responsabilidades dos padrinhos - a de auxiliarem os pais no caminho/educação da fé cristã - e depois de pensar achei que sim, que podia comprometer-me, que podia aceitar este compromisso. Sou uma pessoa de fé - fé nos Homens e na vida, fé no Cristo do amor ao próximo, de fazer o bem (ou pelo menos não fazer o mal) e gosto de acreditar que existe um Deus, um Deus que nos conforta, que nos escuta nos diálogos internos, uma espécie de amigo-imaginário ou um estado puro da nossa consciência, que conhece sempre o caminho da verdade e do bem. Pode ser uma visão básica e simplista mas é assim que eu vivo a religião e basta-me. E achei que eram valores suficientes para aceitar esta função. Mas não! A Igreja só atribui o estatuto de Padrinhos a quem tenha os três sacramentos: baptismo, crisma e eucaristia. E há mais: se a pessoa é casada deverá ser pela igreja, caso contrário, leva o rótulo de "testemunha". Eu fico triste, sobretudo porque esta é uma medida arbitrária, que é cumprida ou não, consoante a paróquia, e para além disso, com que fundamento a instituição se sobrepõe à escolha das pessoas, neste caso os pais?
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<br />Se eu fosse pessoa de Igreja, como a senhora que me atendeu me disse, saberia que uma Madrinha tem o dever de zelar se o afilhado vai à catequese, se vai à missa, se faz o crisma... e claro que só pode exercer esse papel, quem também o faz. Pronto, e aqui o caldo entorna-se - primeiro porque baptismos, catequeses e afins são decisões dos pais e ponto final, depois porque no meu entender a fé cristã não se resume às missas. Mas pronto, cada clube tem as suas regras e é por isso que eu não me identifico com a instituição e por quem a segue de forma acéfala.
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<br />E lá serei eu: testemunha (da também hipocrisia da Igreja).
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<br /></div>RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-62761475535310859482011-07-14T22:49:00.002+01:002011-07-15T00:05:15.703+01:00Actualização dos 4 mesesHoje foi dia de pediatra. Contava-me a minha madrinha que a sogra dela ficava muito escandalizada quando ela levava os filhos ao médico (há 40 anos atrás) sem estarem doentes. Dizia que nunca se tinha visto uma coisa daquelas e que eram modernices. Pois não há nada melhor que estas consultas, em que o nosso menino é visto de alto a baixo, é auscultado e testado, pesado e medido e o veredicto é: está óptimo!<br /><br />O piruças está a medir 63 cm, a pesar 6,840kg. Ri, vocaliza e comunica, já descobriu os pés e com ajuda já se senta e quer pôr-se de pé. Chama por nós quando fica sozinho, pára de chorar quando me vê a pôr o pano porta-bebés, baba-se como um São Bernardo, começa agora a agarrar objectos e passa a vida com as mãos na boca. Dorme a noite toda, das 20.30 às 8.00, com 2 ou 3 paragens para abastecer. De dia vai dormitando mas nunca mais de 30 minutos de cada vez, ou não vá perder alguma coisa interessante. É um miúdo bem disposto, sorridente e curioso, com um olhar sempre atento. Para mim o puto é lindo mas é o brilho dos olhos dele que lhe dá graça.<br /><br />Então a pediatra diz que o aleitamento exclusivo será para manter até 2 semanas antes do regresso ao trabalho, com a adição de 3 colheres de maçã reineta, a ver se ajuda a resolver a pseudo-obstipação do lactente. Mantém suplemento de vitamina D e C e inicia flúor aos 6 meses. E pronto, é impossível não me sentir, em primeiro lugar uma felizarda, porque assistir ao desenvolvimento expectável e saudável do miúdo, infelizmente não é para todos e, depois, um sentimento de orgulho de estar a dar conta do recado.<br /><br />Vai daí e comecei hoje a fazer o stock da leitaria, a ver se o rapaz se aguenta sem leite artificial, pelo menos até fazer 1 ano. Esta é a minha meta, depois logo se vê. Mas falar das mamocas é para outro post.RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-42638553645332396842011-07-09T21:10:00.004+01:002011-07-09T22:43:25.941+01:00Saturday night...<div style="text-align: justify;">Sábado à noite e eu aqui, sozinha, a velar o sono da cria. Vai ser assim nos próximos fins-de-semana deste e do próximo mês.<br /><br />... Não é queixume! Eu sabia que a vida ia ser diferente e que por mais que exista partilha iria ficar sempre com a maior fatia, pelo menos durante o primeiro ano. Por mais que queiramos a igualdade, há razões fisiológicas que não conseguimos contornar, ou pelo menos, sem prejuízo. Quando estamos os dois é mais fácil e nem se pensa nisso. Assim, sobra espaço para reflectir nesta condição de ser mulher. E ser mulher é uma pastilha agri-doce. Não é que zelar e cuidar do meu filho não seja suficientemente importante ou mais importante do que qualquer outra coisa mas é o saber que neste momento os papéis não podem ser invertidos que mexe com o meu sentido de igualdade entre os sexos. Invariavelmente a mulher acaba por ser sempre a mais sobrecarregada, a mais dividida, a mais exposta a escolhas, que conduzem sempre a um dos sacos vazios, recorrendo à tal máxima que dois proveitos não cabem num saco estreito.<br /><br />Continuo a dizer que não é queixume, estou aqui alegremente sem que o saber que há vida lá fora me belisque, sem que o convite declinado para o alive me faça lamentar por aí além mas é este trinómio de mãe, esposa e dona-de-casa, a que só as mulheres respondem no conceito que representa, que me deprime.<br /></div>RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-7942012014394464412011-06-30T09:55:00.005+01:002011-07-05T00:15:20.441+01:00Férias a 3Os meus homens ainda dormem, um corpo grande e outro pequenino, lado a lado, num abandono perfeito ao sono e é inevitável não me comover.<br /><div style="text-align: left;"><br /></div>As férias acabam-se hoje, 2 semanas a banhos em terras algarvias e eu sinto-me ligeiramente nostálgica. Fico sempre assim nos regressos porque, como diz o outro, sou quase sempre muito feliz nos lugares. Os dias aqui ganharam horas, o meu miúdo desenvolveu-se mais nestes 15 dias do que um mês em casa. E sabe bem ter tido este tempo para nós, só para nós! - as nossas primeiras férias em família! Claro que com um bebé de 3 meses o conceito férias torna-se diferente daquilo que nos habituámos, de qualquer forma foi muito tranquilo, muito cool.<br /><div style="text-align: left;"><br />De manhã esplanada, que logo percebemos que praia antes das 9h da matina não era para nós. Durante o período de maior calor ficávamos por casa e depois das 17H lá íamos a banhos - um banho rápido, claro está, que era preciso secar o biquíni para o menino não se molhar durante o lanche. Ao menos as férias permitiram para acabar de uma vez por todas com eventuais pudores que ainda persistiam. Dei mama em todo o lado e em total descontracção. Depois no regresso ainda havia tempo para uma jola e amendoins. À noite saíamos para jantar ou para café com o "belo adormecido" que nunca acordou nestas andanças e era como se fossemos outra vez um casal sem apêndices. (creio que a tendência será para piorar mas foi bom aproveitar). A descrição pormenorizada serve-me para não me esquecer que foi fácil, e que, regra geral, é sempre fácil ou menos difícil, quando a gente quer que funcione.<br /></div><br />O pior mesmo foram os comentários de uma certa 3ª idade, desde o "trazem os recém-nascidos para a praia" (o chapéu voou para cima do senhor é certo mas a culpa não era do meu recém-nascido de 3 meses com o ok da pediatra para ir à praia) ou "ai que horror, com este calor ir para a praia" (para ir com frio ia no Inverno) ou ainda "vire o menino de barriga para baixo" (os bebés choram, é lamentável mas é assim mesmo e o espaço público é de todos). As pessoas são regra geral parvas e omitem opiniões parvas e eu não estava habituada a esta intromissão em praça pública. Não respondi mas fiquei com pena!<br /><br />Agora entrei em contagem decrescente - faltam 3 meses para regressar ao trabalho e eu, contrariamente ao que seria suposto, ainda não estou farta de estar em casa. Uma angústia pequenina começa a alojar-se, não tanto pela separação do rebento mas antes pelo receio de não ser capaz da gestão do tempo, de na ânsia de querer fazer tudo, não fazer nada de jeito e de me sentir a falhar nos diferentes papéis. Pode ser que seja "sempre fácil ou menos difícil", porque eu quero mesmo que funcione :)RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-54136092244795982172011-05-24T22:18:00.000+01:002011-05-24T22:19:05.607+01:00Voltar...<div style="text-align: justify;">Depois de tanto tempo ausente faz sentido retomar com este "rascunho" escrito poucos dias antes do "grande acontecimento":<br /><br />"E este espaço ficou esquecido...tal qual a bisa que quando tinha muito para fazer se deitava, também eu, tinha tanto para dizer que me calei. Tenho pena, porque sei que mais tarde iria gostar de reler as impressões, de recordar este período. Mas o tempo é de silêncio, de concha fechada ao mundo, tentando absorver todas as mudanças, processá-las e arrumá-las para evitar colagens futuras. Meia de mim está suspensa, meia de mim está com medo de se perder neste novo papel e não voltar a encontrar-se. A outra metade está expectante e confiante que tudo se encaixará sem peso; que teremos a capacidade para receber e envolver este miúdo nas nossas vidas, de o amar e de o educar, sem nos esquecermos de nós próprios, enquanto indivíduos e enquanto casal.<br /><br />Falta o menino para compor a "sagrada família" mas já é uma família antes do menino."<br /><br />...<br /><br />O André nasceu no dia 18 de Março, com 3,410kg e 49,5 cm. Depois de mais de 10 horas de sofrimento, um corpinho quente aterrava no meu peito. É de facto uma sensação única e um momento marcante para toda a vida. Foi apenas nesse preciso momento que tive a consciência que na minha barriga "morava" um bebé - o nosso bebé! E ficámos os dois numa espécie de ladainha, a chorar, a rir e a contemplar a nossa obra.<br /><br />Já passaram 2 meses. É impressionante como se, por um lado o tempo parece voar, por outro existe a perfeita noção do tempo. Em 2 meses o meu miúdo que mal abria os olhos, já ri, já palra, já segue um objecto, está a descobrir as mãos e agita as perninhas quando está contente. É por isto que a parte de mim que achava que poderia perder-se neste novo papel, já percebeu que não é uma questão de perda, antes sim, de perspectiva. O trabalho pode ser estimulante, os amigos uma diversão, as viagens maravilhosas mas não há nada que supere o prazer de assistir, partilhar e acompanhar o crescimento da nossa cria - e quando assim é, não se sente peso. E é nesta contemplação diária, nas rotinas, no cuidar noite e dia, no toque, que o amor cresce. Um amor que é todo dentro, um amor que se sente como o bombear do coração: contrai muito e depois relaxa, inundando todos os poros. É esta espécie de dormência de felicidade que nos permite aguentar o choro, as noites mal dormidas, as máquinas de roupa quase diárias , a mama de fora a cada 3 horas e sobretudo que faz aumentar os níveis de tolerância e paciência.<br /><br />Está a ser tãooo bom! :)<br /></div>RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-19205770386154985302010-11-15T21:55:00.005+00:002010-11-15T22:46:09.027+00:0021 semanas de ti...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYd_J9RdXE-veNNigviaXlm2aBqcaGyytHZaDvkf0VSsM5Ie5kuVCwKD5oFeRJjsthqAMTtr3ZKUhfVL3IVqqgqc_dJJBz2Kenfa_EVA8e-jo-43CQifBoP5KAChMVz1Ac8MtxtcLyzrVI/s1600/andre.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 158px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYd_J9RdXE-veNNigviaXlm2aBqcaGyytHZaDvkf0VSsM5Ie5kuVCwKD5oFeRJjsthqAMTtr3ZKUhfVL3IVqqgqc_dJJBz2Kenfa_EVA8e-jo-43CQifBoP5KAChMVz1Ac8MtxtcLyzrVI/s200/andre.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5539899138151388482" border="0" /></a><br />Dizia Van Gogh que "o que for feito com amor estará bem feito"... e eu acredito que sim!<br />E andamos felizes, serenos e sem medos. Se me sinto especial? Não, sinto-me antes muito natural. Dizem-me frequentemente que não sou uma grávida como as outras e eu fico a achar que sou uma ave rara. Mas de facto a gravidez não me subiu à cabeça e não me sinto propriamente personagem de um conto de fadas. É antes como se conhecesse o caminho, como se o meu corpo estivesse estado à espera deste momento e soubesse exactamente o que fazer e a razão aceitasse simplesmente o prodígio da natureza... É natural e fisiológico... Cá para mim, o amor nasce das entranhas...RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-77160845311476881612010-08-13T22:07:00.003+01:002010-08-13T22:23:39.591+01:00Férias...Estou oficialmente de férias!<br /><br />E estou serena, tranquila, sem pressa, como se já conhecesse o caminho.<br />A estranheza a entranhar-se como guiada por uma memória ancestral e eu absorvo, aqui e ali, sem me preocupar com o todo.<br /><br />O todo virá a seu tempo e teremos todo o tempo do mundo...RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-89810561901516659602010-07-27T23:29:00.003+01:002010-07-28T00:12:22.391+01:00<div style="text-align: justify;">Quando eu era pequena o meu avô levava-me a passear nestas noites quentes de Verão. Íamos ao cais molhar os pés, bebíamos uma laranjina C na colectividade, andávamos naquele passo lento e demorado, dizia-se boa noite às pessoas sentadas à porta de casa e conversávamos, nem sei bem do quê, mas sei que falávamos muito. Deve ser por isso que eu gosto destas noites quentes, deve ser por isso que me emocionei às lágrimas quando estive em Veneza. Era o cheiro do rio da minha infância, das memórias doces do meu Alfredo; dos ovos mexidos em azeite, dos refrescos de café, dos longos passeios de bicicleta, das tardes passadas na oficina, a ouvir discos e ler revistas e brincar com ferramentas, de ir comprar melão e saber de certeza que ia ser bom, das 2 ou 3 colherzinhas de café que partilhava comigo.<br /><br />Em 8 anos nunca senti tanto a falta dele, nunca lamentei tanto a sua ausência. Porque eu queria mesmo que ele ainda cá estivesse. Porque ele merecia esta felicidade.<br /></div>RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-54011434647489204402010-07-23T00:52:00.002+01:002010-07-23T01:12:19.586+01:00Há vida no silêncio,<br />na profunda escuridão,<br />na pequena dor, que nem sequer é dor.<br />no sacrifício, que nem chega a sê-lo.<br /><br />A vida resumida ao objecto,<br />a esperança da não morte...<br />A saudade do futuro,<br />à espera da Primavera.RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-64407007431818048952010-07-19T23:32:00.003+01:002010-07-23T00:43:44.524+01:00filosofias<div style="text-align: justify;">(também não gosto das avarias que andei a fazer ao blog.)<br /><br />Das minhas aulas de filosofia do 10º ano retive algumas frases:<br /><br />"o hábito é uma segunda natureza", salvo erro, atribuída a Aristóteles e,<br />"lembra-te, oh Júpiter, que és homem, e como homem escolhes o teu próprio caminho", de Jean-Paul Sartre.<br /><br />Estas duas frases, particularmente juntas, fazem-me sentido. Por um lado, na dúvida entre o hábito e a verdade, acredito que exista sempre verdade no hábito, ainda que seja diferente de quando era apenas a verdade.<br /><br />De qualquer forma, quando já não nos identificamos com a natureza, ou queremos mudar a natureza, podemos lembrar-nos que... "somos homens, e como homens escolhemos o nosso próprio caminho!"<br /></div>RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-60817369746970973372010-06-15T01:47:00.003+01:002010-06-15T01:49:17.197+01:00Mudasti!O cantinho verde-alface é agora verde-uva!RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-53544857994266817152010-06-02T00:58:00.002+01:002010-06-02T01:27:45.978+01:00Não sou dada a grandes preferências. Não tenho um autor preferido, uma música preferida, uma cor preferida, em suma sou uma verdadeira puta dos gostos. Mas hoje descobri que tenho efectivamente um restaurante preferido - é o siesta, o mexicano. As margueritas, os tacos, o guacamole, as tortilhas são um autêntico orgasmo gustativo para as minhas papilas. Hoje fui lá parar por acaso e soube-me muito bem. Saberia melhor o arroz de pato, o bacalhau com natas, a mousse de chocolate da mami Ju. Faltam 2 meses e as saudades são mais que muitas. A gente habitua-se, a gente fala ao telefone e tecla no msn mas não é a mesma coisa. Falta o toque, os jantares em família, os abraços demorados... É a vida, dizia o outro. É a vida!RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-73816579791901461522010-05-31T21:44:00.002+01:002010-05-31T22:36:31.116+01:00<div style="text-align: justify;">Eu gosto do agora, do hoje, do instante! Não gosto de esperas, nem de planos. Está decido agora, para quê esperar? Era já amanhã e não se pensava mais nisso. Agora que a parte mais difícil está superada, eis que percebo que afinal não era assim tão difícil. Custa mais quando deixamos de controlar, quando a única forma de acção é ficar assim, à espera, sem ao menos saber o quando e o como e a acreditar que tudo irá correr conforme os nossos desejos.<br /><br />Ao menos estou muito contente com esta clareza de ideias, com a certeza que habita no lugar da dúvida e com este querer depurado. O equilíbrio, finalmente, entre a razão e o coração!<br /></div>RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-75809591861968891642010-05-24T21:47:00.003+01:002010-05-24T22:38:40.029+01:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOn1Y2n_oqdlqwUdkwo64cybhU3HZgP1FyQLuQPXaRs-eQjw94Lvc9IW_PhZ3lCJTIEC2V8y3QiWv1P0_MRhfQgXLO3YH308oe44PmS21Ktq7pQ-0ZSZNQ6fr_tmT8sFBtFDsmfXFV81-I/s1600/solar.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOn1Y2n_oqdlqwUdkwo64cybhU3HZgP1FyQLuQPXaRs-eQjw94Lvc9IW_PhZ3lCJTIEC2V8y3QiWv1P0_MRhfQgXLO3YH308oe44PmS21Ktq7pQ-0ZSZNQ6fr_tmT8sFBtFDsmfXFV81-I/s200/solar.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5474954008591412642" border="0" /></a>O fim-de-semana passou devagar e soube muito bem. Passeámos por Monsanto e Idanha-a-Velha, comprámos pão de azeite no forno comunitário, estivemos de esplanada nas famosas docas secas em Castelo Branco até à 1 da manhã, fomos à praia fluvial do Gavião, almoçámos em Belver (uma gigante costeleta de novilho por 8,5€) e fomos muito bem recebidos no <a href="http://www.solardealcains.pt/SiteSolar.htm">Solar de Alcains</a>. O turismo rural é sempre uma caixinha de surpresas...mas desta vez nada a reclamar, pelo contrário. E ia lá outra vez, só para comer a manteiga fresca de ovelha que foi servida ao pequeno-almoço.<br /><br />Quem me dera ter uma casa de família no campo, com uma D. Emília que fizesse compotas e queijo e ainda amassasse pão. Uma casa com lagar, com forno a lenha, com uma sala em pedra e uma grande mesa de madeira maciça ao centro, com cestas de fruta fresca, uma janela a dar para o campo e, cereja no topo do bolo, dois puros lusitanos a compor a paisagem.<br /><br />E a gente vai sendo feliz assim, aos bocadinhos, para não cansar muito!RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-55513302433609766992010-05-21T01:17:00.003+01:002010-05-21T02:10:06.023+01:00Às vezes perguntam-me porque é que não escrevo mais e a resposta é simples:<br /><br />1. Porque já passo demasiado tempo agarrada ao pc e fico sem paciência para escritas especiais;<br />2. Porque a minha vida não é assim tão interessante e geralmente acho que os meus comentários não interessam a ninguém.<br />3. Porque receio invadir a minha própria privacidade.<br /><br />E é nisto que os blogs diferem de um diário - é que os blogs são partilhados, são lidos por terceiros e esta condicionante aumenta a responsabilidade do que se escreve, sobretudo no que respeita à nossa exposição "pública". Esta consciência acaba por afectar a espontaneidade da escrita: implica escrever e apagar algumas vezes, obriga a pesar as palavras. Ou então sou eu que sou complicadinha.<br /><br />Por outro lado, é um exercício muito fixe e tenho pena de não me dar mais "à doença". Até porque desde o último post, em que estava mesmo deprimida, até aconteceram coisas dignas de registo e é pena que não tenham ficado apontadas neste canto verde alface.<br /><br />Se calhar ajudava-me com esta sensação de que o tempo anda a passar depressa demais, com pouco espaço para usufruir, para sentir, para ver, para respirar. Temo andar a correr à parva e perder pelo meio o sentido do caminho. A gente desdobra-se, a gente tenta ser mulher, filha, irmã, neta, amiga, profissional, doméstica. Às vezes é difícil ser apenas! Mas se calhar é mesmo isto a vida: esta multiplicidade de papéis, este acumular de vivências e experiências que nos tornam mais ricos, que nos fazem acordar e enfrentar os dias. Pois não sei, só sei que fico preocupada quando tenho tempo livre e fico com a neura porque não sei o que fazer com ele.<br /><br />Vai daí, vamos até às Beiras comer queijos, apanhar Sol e celebrar os 3 anos de matrimónio. Já disse aqui que foi a coisa mais acertada que fiz?RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-1872611424722413362010-03-25T20:12:00.005+00:002010-03-25T20:44:43.331+00:00Estou triste<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi15_V8Z28Cl2WMRVtQSekXcpmNHzmGkuIYImuI7tFG36TtxnRGv2MzjRr40b3aBxsAMw427DqF21ztv2CyNXIyJEO92-27V3Ged5wwnQDIpQhXB-H8PtEvmeO9LB-WGqDYIke-FYLi7Zd_/s1600/riu_negril.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 158px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi15_V8Z28Cl2WMRVtQSekXcpmNHzmGkuIYImuI7tFG36TtxnRGv2MzjRr40b3aBxsAMw427DqF21ztv2CyNXIyJEO92-27V3Ged5wwnQDIpQhXB-H8PtEvmeO9LB-WGqDYIke-FYLi7Zd_/s200/riu_negril.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5452674757440906306" border="0" /></a><br />Sinto-me triste. Triste com as pessoas. E eu geralmente gosto das pessoas.<br />Sinto-me revoltada, porque não gosto de injustiças, de males entendidos, do diz-que-diz. Eu sou ambiciosa sim, muito ambiciosa com os meus afectos e com o meu trabalho mas acima de tudo, eu sou uma pessoa de bem! Ao que parece a minha "promoção" de mais trabalho, sim porque dinheiro nem vê-lo, tem sido mal aceite no meu burgo. Como se fosse eu que tivesse pedido "olhe, como eu ando muito folgada, se não se importasse, passava-me o trabalho do meu colega... aumento no salário? não, não é preciso que eu já sou muito bem remunerada".<br /><br />Pois que agora vou ter uma secretária, pois que agora vou ficar com tudo, pois que faço exigências. Eu sou resistente, finjo que não percebo, que não me afecta... mas dói-me, rói-me por dentro em dentadinhas repenicadas e fico com vontade de dar um murro em alguém.<br /><br />Eu cá tenho culpa de acharem que sou capaz? Claro, mas o que eu devia ter feito era ter dito que não, que não queria, que não conseguia, que não-é-para-isso-que-me-pagam! Perdoem-me então, porque isso sim, não sou capaz. Infelizmente tenho este péssimo defeito de não saber dizer Não, e uma excelente qualidade, acho eu, que é não ter medo de novos desafios. Além disso, trabalho tanto à borla noutros locais, já fiz de tudo naquele burgo, que de todo não pertenço ao clube não-me-pagam-para-isto!<br />....<br />enfim, a escrita tem de facto um efeito terapêutico, e sinto-me mais calma.<br />......<br />Entretanto e não querendo ser uma mete-nojo, daqui a 1 semana e meia estarei neste paraíso, a beber daiquiris, a fumar charutos, a deliciar-me nestas águas mornas. Eu mereço! Mereço mesmo! E agora vou preparar a minha aula, que isto de ser professora tem as suas responsabilidades.RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-55152457514935877002010-03-22T00:51:00.004+00:002010-03-22T01:30:03.737+00:00Para ti...<div style="text-align: justify;">Na vida tudo é relativo e nada definitivo. A gente sofre, a gente ri, a gente sente, e ainda bem, porque é sinal que a gente VIVE.<br /><br />Às vezes precisamos de analisar o passado para compreender o presente, outras precisamos de viver o presente para sabermos receber o futuro. A dor tem um efeito purgante: comprime-nos, encolhe-nos, mata a bicharada, e depois dá-nos força para o salto, para a clarividência, para o cosmos. Eu sei que rapidamente farás esse processo, por isso não lamento o momento actual e até desejo que sofras o mais possível agora - para que o voo seja mais alto, mais genuíno, mais inteiro.<br /><br />Porque é amor o que eu sinto por ti, porque te quero muito bem, porque desejo muito que sintas a felicidade com o coração todo, sem reservas e sem dúvidas. Porque para esse dia chegar é preciso este presente, ainda que triste e cinzento.<br /><br />Eu estarei aqui, à distância de um toque, não para te limpar as lágrimas, mas para te ver chorar. Elas secarão por si... Então sim, eu estarei aqui para me rir contigo e por ti.<br /><br />Abraço apertadinho</div>RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-82521446708926904662010-02-23T19:34:00.003+00:002010-02-23T19:56:44.127+00:00Estou cansada!Há dias em que o cansaço pesa mais porque a sensação de dever cumprido não chega para atenuar a revolta. Há 7 anos que recebo como estagiária. Eu sei que reconhecem o meu trabalho, que me acham competente e é de facto uma boa sensação. Bem, como costumo dizer, não é difícil brilhar num sítio onde se exige os mínimos. De qualquer forma, aos 30 anos e com 7 de casa, já não bastam as palmadinhas nas costas. Ainda para mais com as discrepâncias entre colegas - é que uns têm cartão do clube e outros não. Está claro que não vou mudar nada, que vou continuar a sair a horas impróprias, a não almoçar, que vou continuar a desdobrar-me em 300 assuntos ao mesmo tempo, que vou continuar a fazer as coisas como eu acho que devem ser feitas, mesmo que o chefe diga "eu tinha dito que queria igual ao que estava." Ao menos, ainda que às vezes sinta que tenho de pedir licença para trabalhar, deixam-me em paz a ser burra, a ser estúpida e a importar-me com as coisas.<br /><br />Estava na altura de fazerem alguma justiça. Assim eu contratava uma sra. da limpeza e podia trabalhar mais um bocadinho, ah?RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-14861957668335448492010-02-19T00:25:00.002+00:002010-02-19T01:38:46.475+00:00Mais umas soltas ou interligadasEu não gosto de decisões, de escolhas. Não gosto! E não é por não saber aquilo que quero, é por saber que optar significa perder alguma parte. Deve ser por isso que gosto tanto da máxima "dois proveitos não cabem num saco estreito". Sempre me ajuda a aceitar a inevitabilidade de alguma perda. Por outro lado, estou convicta que quando estamos 100% seguros de uma determinada opção, esta deixa de ter peso e assume-se como natural. O pior é que nem todas as decisões são acompanhadas de um nível total de certeza. Há decisões complexas, com carácter irreversível e são estas que desequilibram a minha balança.<br /><br />Aliás, é esta balança que habita em mim que me causa estas angústias, estas oscilações. Felizmente que conto com lucidez suficiente para que não me tolde os movimentos.<br /><br />Por falar nisso, acabei de ver o último filme do Woody Allen. Cada vez mais aprecio os filmes dele, porque são filmes simples, sem truques, sobre pessoas e a vida das pessoas.<br /><br />Por falar nisso, hoje estive presente numa reunião de pais, aliás mães. Excepto o professor, um avô e o meu colega, a população era toda feminina. A reunião foi à pressa porque as senhoras estavam com pressa para ir fazer o jantar. Porque é que tenho a impressão que a igualdade entre os géneros é algo que ainda vai demorar uma eternidade? A culpa é em parte das mulheres, sempre com o <span style="font-style: italic;">multitask</span> ligado. Ok, já que iam à reunião, não podiam pôr os maridos a fazer o jantar? Irrita-me esta ainda condição feminina, o contentamento de algumas que referem orgulhosas "ele até ajuda em casa".<br /><br />Por falar nisso, apesar de ter dito a alguém para tratar do jantar, acabei por ser eu a cozer a massa e a aquecer a sopa. Ao menos a culpa não foi do benfica, foi do teatro, que em como quem diz: falas, falas mas comes o mesmo :)<br /><br />Por falar nisso, a minha amiga S. faz hoje 31 anos. Para ela, dois beijos muito grandes.<br /><br />Por falar nisso, acho que me vou deitar.RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-16623101284232726172010-01-16T00:48:00.003+00:002010-01-16T01:02:53.655+00:00Queda de um Anjo :)Hoje caí pelas escadas abaixo.<br />Não é fixe!<br /><br />E é nestas ocasiões que percebemos a fragilidade do nosso corpo, do milagre que é a nossa integridade física. Não foi bonito e fez muito doer, mas pode ser que não vá para além disto. Liguei para a Saúde 24 e tive um atendimento de luxo. Fizeram imensas perguntas, inclusive se alguém me tinha empurrado ou se eu tinha caído sozinha. Deram-me as indicações e disseram que voltariam a ligar por volta das 21H para saberem se eu estava melhor. E não é que ligaram mesmo? Nem queria acreditar! Agora só espero conseguir mexer-me amanhã de manhã.RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-13534863719225281642010-01-12T22:56:00.006+00:002010-01-13T01:37:03.752+00:00Soltas de Ano Novo1. O ano começou em terras de Roma. Gosto daquele ditado/expressão que diz que aquilo que fazemos durante o primeiro dia do ano se reflecte na forma como vivemos esse ano - pelo menos, fico na esperança que 2010 seja um ano igualmente rico em viagens, que não posso queixar-me de 2009. De Roma a registar: os romanos não são simpáticos, a cidade não é acolhedora, o vaticano é uma desilusão (volta Fátima, estás perdoada!), as pizzas são óptimas e é de facto um "museu a céu aberto".<br /><br />2. Mas voltando ainda a Dezembro e ao Natal tenho de partilhar uma irritação pessoal com a TVI. Como é que é possível que a TVI tenha sido incapaz de prescindir daquele brilhante programa de televisão "sempre a somar" na noite de Natal e de Ano Novo? Fiquei indignada! Eu acredito que o programa seja muito rentável, mas meus amigos, no Natal? Não teria sido preferível presentear os telespectadores com uma programaçãozita especial? Humm? Assim, uma coisinha mais educativa para a família? Ao menos a SIC abdicou do seu programa análogo - só por causa disto gosto um bocadinho mais dela (e também pelas Mentes Criminosas).<br /><br />3. Fiquei orgulhosa da AR ter votado a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo. A ver vamos como é o prof. Cavaco reage a isto. Foi pena a questão da adopção mas lá chegaremos. Não consegui foi convencer a Odete que toda a gente tem direito a casar com quem quiser e que ninguém tem nada de opinar sobre isso. Aos 79 anos a minha Odete mantém-se fiel aos seus princípios religiosos:). A questão da adopção é fácil de resolver: imaginem que foram abandonados ou entregues a uma instituição, o que preferiam? Crescerem com dois homens ou duas mulheres que vos quisesse, que vos tratasse como filho/a, que vos desse amor, educação, um lar, uma casa, ou preferiam crescer à guarda de uma instituição? Eu cá não tenho dúvidas. Até porque mãe e pai é quem nos cria, é quem nos dá afecto, quem se preocupa, quem está ao nosso lado nos momentos chave da vida e isto não tem nada a haver com a biologia.<br /><br />4. Por falar em família, cada vez mais tenho orgulho na minha família pipoca, incluindo os acrescentos. Ontem o meu pai fez 62 anos e é sempre um prazer as nossas reuniões familiares. Porque nos damos realmente bem, porque sentimos à séria isto da família, porque há emoção e intensidade na forma como nos relacionados uns com os outros e é bonito, pronto. Hoje dizia à minha mãe que me sentia grata pela educação que me deram e que achava que tinham feito um bom trabalho: tanto eu como a minha irmã somos pessoas de bem com a vida, resolvidas, independentes e ao mesmo tempo com um forte sentido de família e de união. Espero ser capaz de transmitir estes valores.<br /><br />5. O nome da profissão: haverei de engolir o sapo, de aprender a lidar com o orgulho ferido, de aceitar o presente em nome de um futuro, de resignar-me e de me juntar aos fortes, sabendo que ainda é assim é uma vitória. O mundo é injusto mas às vezes recompensa o trabalho, o esforço e a persistência. Eles fizeram por isso enquanto nós dormíamos. Não há escolha possível, é vida ou morte. E se o preço a pagar é o nome, então eu prefiro a vida.<br /><br />6. Lamento mas há pessoas das quais eu não quero ser amiga. Não tenho interesse, não me traria felicidade, não lhes desejo mal mas não quero saber o que fazem, como e onde estão. Há uma certa pessoa que continua a tentar entrar na minha vida e ainda não percebeu que eu não quero qualquer tipo de ligação, nem que seja uma ligação facebook.<br /><br />Por outro lado, sabe bem criar laços com as pessoas, percebermos que acolhermos alguém, sermos simpáticos, pode contribuir de facto para o bem-estar do outro. Na empresa onde trabalho as pessoas não acolhem bem quem entra de novo. Parece que têm necessidade de marcar território e de se assumirem com "machos-alfa". Eu cá não sou muito de reservas e como, salvo excepções, não aprofundo para o campo pessoal as minhas relações profissionais, não tenho receio que me roubem o espaço. O meu colega novo tem idade para ser meu pai, é um homem reservado mas com muito valor técnico (como sempre há gente que tem pavor da competência). Eu senti necessidade em apoia-lo, em demonstrar-lhe que o trabalho dele tem sido importante, que se nota a diferença. E ele agradeceu-me pelo incentivo, que foi importante, que o ajudou a integrar-se. Quem iria adivinhar que as palavras de uma miúda causassem impacto num homem maduro? (mentes perversas, o sr. é de respeito e eu acima de tudo!)<br /><br />7. E para terminar esta expurgação, muita saudinha da boa para 2010, muita paz de espírito e muitos momentos felizes.RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-59398600261200237372009-12-14T02:05:00.001+00:002009-12-14T02:05:44.736+00:00Eu gosto tanto do Natal!Não consigo compreender as pessoas que não gostam do Natal, que têm aqueles discursos moralistas, que o Natal são as prendas e um hino ao consumismo, que as pessoas só se lembram umas das outras nesta época, que é tudo uma hipocrisia. Eu acho que só pode haver muita infelicidade nesta forma de estar.<br /><br />As prendas são gestos de dar, são formas de dizer "perdi" um pouco do meu tempo a pensar em ti, independentemente do valor monetário. Claro que a solidariedade, a amizade, a palavra valem mais do que qualquer bugiganga, mas para essas acções o Natal não é preciso.<br /><br />O Natal é como uma espécie de aniversário colectivo, em que toda a gente é ao mesmo tempo o aniversariante e o convidado, é a festa da família, dos amigos, dos colegas de trabalho, das pessoas conhecidas e desconhecidas. E este sentimento de "partilha universal" só se atinge nesta época, digam lá o que disserem. A gente deseja feliz natal ao sr. da mercearia, à sra do café, a gente envia 300 sms a pessoas que só nos lembramos nesta altura (porque a vida é mesmo assim e nem todas as pessoas podem fazer parte da nossa rotina), a gente come doces de empreitada sem culpa, a gente enfeita as casas, as ruas, as lojas. É um momento único!<br /><br />Tudo isto para dizer que já tenho as prendas quase todas embrulhadas, ao pé da minha árvore e do meu presépio (que ainda sou do tempo do menino Jesus e eu gosto dele). Que estou desejosa de me enviar na cozinha com as 3 mulheres da minha vida, com a bandolete das renas na cabeça, a ouvir os CDs de música natalícia e a sentir que os 30 anos não mataram a criança que existe em mim.<br /><br />Feliz Natalllllllllllllllllllll!RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-73047419343424393722009-11-08T00:09:00.001+00:002009-11-08T00:11:24.759+00:00Amor é...<br /><br />Ele levar-me à feira do cavalo na Golegã e conduzir-me adormecida no regresso.RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-75203781687868705872009-11-07T23:06:00.007+00:002009-11-08T00:09:45.993+00:00<div style="text-align: justify;">Um dia perguntaste-me se eu queria uma casa, e eu disse que sim. Que importavam os 25 ainda tenros, que importava o descrédito nos olhos dos outros, que diferença fazia se as coisas não tinham sido fáceis até então. Eu, toda a vida cheia de incertezas e dúvidas, eis que tinha a certeza, a certeza profunda que eras tu o meu homem. Mergulhei sem fazer planos, sem criar expectativas, com a lucidez necessária que era preciso viver um dia de cada vez e logo se veria. Ao fim de 5 anos ainda não sei como foi que atingimos esta felicidade, esta fluidez, este equilíbrio no dar e receber, mas sei que me sinto uma privilegiada por ter direito a este amor.<br /><br />Podem ser mais 5, ok?</div>RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9111679623411719980.post-90293579283221358892009-11-04T01:06:00.003+00:002009-11-04T01:53:51.746+00:00Parabéns Avó Odete!<div style="text-align: justify;">A Odete faz hoje 79 anos, ainda cheios de frescura e muita personalidade. E que personalidade! Mas a minha Odete, com as suas qualidades e o seu feitio vincado, é uma grande mulher. Uma mulher decidida, inteligente, com iniciativa, cheia de força e de opiniões. Uma mulher definida, independente, interessada e interessante.<br /><br />A caminho dos 80 ela envia sms, ela vê debates e discute política, ela está sempre a par dos assuntos da actualidade e tem sempre conversa. E a gente perdoa-lhe o dramatismo, porque os escorpiões têm destas coisas. Eles não são más pessoas, são apenas dramáticos. E eu tenho com ela uma relação especial, talvez porque aceito e compreendo a sua forma de ser.<br /><br />Parabéns avó, que somes ainda muitos anos de vida.<br /></div>RJhttp://www.blogger.com/profile/00645090136817233482noreply@blogger.com1