segunda-feira, 31 de maio de 2010

Eu gosto do agora, do hoje, do instante! Não gosto de esperas, nem de planos. Está decido agora, para quê esperar? Era já amanhã e não se pensava mais nisso. Agora que a parte mais difícil está superada, eis que percebo que afinal não era assim tão difícil. Custa mais quando deixamos de controlar, quando a única forma de acção é ficar assim, à espera, sem ao menos saber o quando e o como e a acreditar que tudo irá correr conforme os nossos desejos.

Ao menos estou muito contente com esta clareza de ideias, com a certeza que habita no lugar da dúvida e com este querer depurado. O equilíbrio, finalmente, entre a razão e o coração!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O fim-de-semana passou devagar e soube muito bem. Passeámos por Monsanto e Idanha-a-Velha, comprámos pão de azeite no forno comunitário, estivemos de esplanada nas famosas docas secas em Castelo Branco até à 1 da manhã, fomos à praia fluvial do Gavião, almoçámos em Belver (uma gigante costeleta de novilho por 8,5€) e fomos muito bem recebidos no Solar de Alcains. O turismo rural é sempre uma caixinha de surpresas...mas desta vez nada a reclamar, pelo contrário. E ia lá outra vez, só para comer a manteiga fresca de ovelha que foi servida ao pequeno-almoço.

Quem me dera ter uma casa de família no campo, com uma D. Emília que fizesse compotas e queijo e ainda amassasse pão. Uma casa com lagar, com forno a lenha, com uma sala em pedra e uma grande mesa de madeira maciça ao centro, com cestas de fruta fresca, uma janela a dar para o campo e, cereja no topo do bolo, dois puros lusitanos a compor a paisagem.

E a gente vai sendo feliz assim, aos bocadinhos, para não cansar muito!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Às vezes perguntam-me porque é que não escrevo mais e a resposta é simples:

1. Porque já passo demasiado tempo agarrada ao pc e fico sem paciência para escritas especiais;
2. Porque a minha vida não é assim tão interessante e geralmente acho que os meus comentários não interessam a ninguém.
3. Porque receio invadir a minha própria privacidade.

E é nisto que os blogs diferem de um diário - é que os blogs são partilhados, são lidos por terceiros e esta condicionante aumenta a responsabilidade do que se escreve, sobretudo no que respeita à nossa exposição "pública". Esta consciência acaba por afectar a espontaneidade da escrita: implica escrever e apagar algumas vezes, obriga a pesar as palavras. Ou então sou eu que sou complicadinha.

Por outro lado, é um exercício muito fixe e tenho pena de não me dar mais "à doença". Até porque desde o último post, em que estava mesmo deprimida, até aconteceram coisas dignas de registo e é pena que não tenham ficado apontadas neste canto verde alface.

Se calhar ajudava-me com esta sensação de que o tempo anda a passar depressa demais, com pouco espaço para usufruir, para sentir, para ver, para respirar. Temo andar a correr à parva e perder pelo meio o sentido do caminho. A gente desdobra-se, a gente tenta ser mulher, filha, irmã, neta, amiga, profissional, doméstica. Às vezes é difícil ser apenas! Mas se calhar é mesmo isto a vida: esta multiplicidade de papéis, este acumular de vivências e experiências que nos tornam mais ricos, que nos fazem acordar e enfrentar os dias. Pois não sei, só sei que fico preocupada quando tenho tempo livre e fico com a neura porque não sei o que fazer com ele.

Vai daí, vamos até às Beiras comer queijos, apanhar Sol e celebrar os 3 anos de matrimónio. Já disse aqui que foi a coisa mais acertada que fiz?