quinta-feira, 14 de julho de 2011

Actualização dos 4 meses

Hoje foi dia de pediatra. Contava-me a minha madrinha que a sogra dela ficava muito escandalizada quando ela levava os filhos ao médico (há 40 anos atrás) sem estarem doentes. Dizia que nunca se tinha visto uma coisa daquelas e que eram modernices. Pois não há nada melhor que estas consultas, em que o nosso menino é visto de alto a baixo, é auscultado e testado, pesado e medido e o veredicto é: está óptimo!

O piruças está a medir 63 cm, a pesar 6,840kg. Ri, vocaliza e comunica, já descobriu os pés e com ajuda já se senta e quer pôr-se de pé. Chama por nós quando fica sozinho, pára de chorar quando me vê a pôr o pano porta-bebés, baba-se como um São Bernardo, começa agora a agarrar objectos e passa a vida com as mãos na boca. Dorme a noite toda, das 20.30 às 8.00, com 2 ou 3 paragens para abastecer. De dia vai dormitando mas nunca mais de 30 minutos de cada vez, ou não vá perder alguma coisa interessante. É um miúdo bem disposto, sorridente e curioso, com um olhar sempre atento. Para mim o puto é lindo mas é o brilho dos olhos dele que lhe dá graça.

Então a pediatra diz que o aleitamento exclusivo será para manter até 2 semanas antes do regresso ao trabalho, com a adição de 3 colheres de maçã reineta, a ver se ajuda a resolver a pseudo-obstipação do lactente. Mantém suplemento de vitamina D e C e inicia flúor aos 6 meses. E pronto, é impossível não me sentir, em primeiro lugar uma felizarda, porque assistir ao desenvolvimento expectável e saudável do miúdo, infelizmente não é para todos e, depois, um sentimento de orgulho de estar a dar conta do recado.

Vai daí e comecei hoje a fazer o stock da leitaria, a ver se o rapaz se aguenta sem leite artificial, pelo menos até fazer 1 ano. Esta é a minha meta, depois logo se vê. Mas falar das mamocas é para outro post.

sábado, 9 de julho de 2011

Saturday night...

Sábado à noite e eu aqui, sozinha, a velar o sono da cria. Vai ser assim nos próximos fins-de-semana deste e do próximo mês.

... Não é queixume! Eu sabia que a vida ia ser diferente e que por mais que exista partilha iria ficar sempre com a maior fatia, pelo menos durante o primeiro ano. Por mais que queiramos a igualdade, há razões fisiológicas que não conseguimos contornar, ou pelo menos, sem prejuízo. Quando estamos os dois é mais fácil e nem se pensa nisso. Assim, sobra espaço para reflectir nesta condição de ser mulher. E ser mulher é uma pastilha agri-doce. Não é que zelar e cuidar do meu filho não seja suficientemente importante ou mais importante do que qualquer outra coisa mas é o saber que neste momento os papéis não podem ser invertidos que mexe com o meu sentido de igualdade entre os sexos. Invariavelmente a mulher acaba por ser sempre a mais sobrecarregada, a mais dividida, a mais exposta a escolhas, que conduzem sempre a um dos sacos vazios, recorrendo à tal máxima que dois proveitos não cabem num saco estreito.

Continuo a dizer que não é queixume, estou aqui alegremente sem que o saber que há vida lá fora me belisque, sem que o convite declinado para o alive me faça lamentar por aí além mas é este trinómio de mãe, esposa e dona-de-casa, a que só as mulheres respondem no conceito que representa, que me deprime.