sábado, 16 de janeiro de 2010

Queda de um Anjo :)

Hoje caí pelas escadas abaixo.
Não é fixe!

E é nestas ocasiões que percebemos a fragilidade do nosso corpo, do milagre que é a nossa integridade física. Não foi bonito e fez muito doer, mas pode ser que não vá para além disto. Liguei para a Saúde 24 e tive um atendimento de luxo. Fizeram imensas perguntas, inclusive se alguém me tinha empurrado ou se eu tinha caído sozinha. Deram-me as indicações e disseram que voltariam a ligar por volta das 21H para saberem se eu estava melhor. E não é que ligaram mesmo? Nem queria acreditar! Agora só espero conseguir mexer-me amanhã de manhã.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Soltas de Ano Novo

1. O ano começou em terras de Roma. Gosto daquele ditado/expressão que diz que aquilo que fazemos durante o primeiro dia do ano se reflecte na forma como vivemos esse ano - pelo menos, fico na esperança que 2010 seja um ano igualmente rico em viagens, que não posso queixar-me de 2009. De Roma a registar: os romanos não são simpáticos, a cidade não é acolhedora, o vaticano é uma desilusão (volta Fátima, estás perdoada!), as pizzas são óptimas e é de facto um "museu a céu aberto".

2. Mas voltando ainda a Dezembro e ao Natal tenho de partilhar uma irritação pessoal com a TVI. Como é que é possível que a TVI tenha sido incapaz de prescindir daquele brilhante programa de televisão "sempre a somar" na noite de Natal e de Ano Novo? Fiquei indignada! Eu acredito que o programa seja muito rentável, mas meus amigos, no Natal? Não teria sido preferível presentear os telespectadores com uma programaçãozita especial? Humm? Assim, uma coisinha mais educativa para a família? Ao menos a SIC abdicou do seu programa análogo - só por causa disto gosto um bocadinho mais dela (e também pelas Mentes Criminosas).

3. Fiquei orgulhosa da AR ter votado a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo. A ver vamos como é o prof. Cavaco reage a isto. Foi pena a questão da adopção mas lá chegaremos. Não consegui foi convencer a Odete que toda a gente tem direito a casar com quem quiser e que ninguém tem nada de opinar sobre isso. Aos 79 anos a minha Odete mantém-se fiel aos seus princípios religiosos:). A questão da adopção é fácil de resolver: imaginem que foram abandonados ou entregues a uma instituição, o que preferiam? Crescerem com dois homens ou duas mulheres que vos quisesse, que vos tratasse como filho/a, que vos desse amor, educação, um lar, uma casa, ou preferiam crescer à guarda de uma instituição? Eu cá não tenho dúvidas. Até porque mãe e pai é quem nos cria, é quem nos dá afecto, quem se preocupa, quem está ao nosso lado nos momentos chave da vida e isto não tem nada a haver com a biologia.

4. Por falar em família, cada vez mais tenho orgulho na minha família pipoca, incluindo os acrescentos. Ontem o meu pai fez 62 anos e é sempre um prazer as nossas reuniões familiares. Porque nos damos realmente bem, porque sentimos à séria isto da família, porque há emoção e intensidade na forma como nos relacionados uns com os outros e é bonito, pronto. Hoje dizia à minha mãe que me sentia grata pela educação que me deram e que achava que tinham feito um bom trabalho: tanto eu como a minha irmã somos pessoas de bem com a vida, resolvidas, independentes e ao mesmo tempo com um forte sentido de família e de união. Espero ser capaz de transmitir estes valores.

5. O nome da profissão: haverei de engolir o sapo, de aprender a lidar com o orgulho ferido, de aceitar o presente em nome de um futuro, de resignar-me e de me juntar aos fortes, sabendo que ainda é assim é uma vitória. O mundo é injusto mas às vezes recompensa o trabalho, o esforço e a persistência. Eles fizeram por isso enquanto nós dormíamos. Não há escolha possível, é vida ou morte. E se o preço a pagar é o nome, então eu prefiro a vida.

6. Lamento mas há pessoas das quais eu não quero ser amiga. Não tenho interesse, não me traria felicidade, não lhes desejo mal mas não quero saber o que fazem, como e onde estão. Há uma certa pessoa que continua a tentar entrar na minha vida e ainda não percebeu que eu não quero qualquer tipo de ligação, nem que seja uma ligação facebook.

Por outro lado, sabe bem criar laços com as pessoas, percebermos que acolhermos alguém, sermos simpáticos, pode contribuir de facto para o bem-estar do outro. Na empresa onde trabalho as pessoas não acolhem bem quem entra de novo. Parece que têm necessidade de marcar território e de se assumirem com "machos-alfa". Eu cá não sou muito de reservas e como, salvo excepções, não aprofundo para o campo pessoal as minhas relações profissionais, não tenho receio que me roubem o espaço. O meu colega novo tem idade para ser meu pai, é um homem reservado mas com muito valor técnico (como sempre há gente que tem pavor da competência). Eu senti necessidade em apoia-lo, em demonstrar-lhe que o trabalho dele tem sido importante, que se nota a diferença. E ele agradeceu-me pelo incentivo, que foi importante, que o ajudou a integrar-se. Quem iria adivinhar que as palavras de uma miúda causassem impacto num homem maduro? (mentes perversas, o sr. é de respeito e eu acima de tudo!)

7. E para terminar esta expurgação, muita saudinha da boa para 2010, muita paz de espírito e muitos momentos felizes.