segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Eu gosto tanto do Natal!

Não consigo compreender as pessoas que não gostam do Natal, que têm aqueles discursos moralistas, que o Natal são as prendas e um hino ao consumismo, que as pessoas só se lembram umas das outras nesta época, que é tudo uma hipocrisia. Eu acho que só pode haver muita infelicidade nesta forma de estar.

As prendas são gestos de dar, são formas de dizer "perdi" um pouco do meu tempo a pensar em ti, independentemente do valor monetário. Claro que a solidariedade, a amizade, a palavra valem mais do que qualquer bugiganga, mas para essas acções o Natal não é preciso.

O Natal é como uma espécie de aniversário colectivo, em que toda a gente é ao mesmo tempo o aniversariante e o convidado, é a festa da família, dos amigos, dos colegas de trabalho, das pessoas conhecidas e desconhecidas. E este sentimento de "partilha universal" só se atinge nesta época, digam lá o que disserem. A gente deseja feliz natal ao sr. da mercearia, à sra do café, a gente envia 300 sms a pessoas que só nos lembramos nesta altura (porque a vida é mesmo assim e nem todas as pessoas podem fazer parte da nossa rotina), a gente come doces de empreitada sem culpa, a gente enfeita as casas, as ruas, as lojas. É um momento único!

Tudo isto para dizer que já tenho as prendas quase todas embrulhadas, ao pé da minha árvore e do meu presépio (que ainda sou do tempo do menino Jesus e eu gosto dele). Que estou desejosa de me enviar na cozinha com as 3 mulheres da minha vida, com a bandolete das renas na cabeça, a ouvir os CDs de música natalícia e a sentir que os 30 anos não mataram a criança que existe em mim.

Feliz Natalllllllllllllllllllll!

domingo, 8 de novembro de 2009

Amor é...

Ele levar-me à feira do cavalo na Golegã e conduzir-me adormecida no regresso.

sábado, 7 de novembro de 2009

Um dia perguntaste-me se eu queria uma casa, e eu disse que sim. Que importavam os 25 ainda tenros, que importava o descrédito nos olhos dos outros, que diferença fazia se as coisas não tinham sido fáceis até então. Eu, toda a vida cheia de incertezas e dúvidas, eis que tinha a certeza, a certeza profunda que eras tu o meu homem. Mergulhei sem fazer planos, sem criar expectativas, com a lucidez necessária que era preciso viver um dia de cada vez e logo se veria. Ao fim de 5 anos ainda não sei como foi que atingimos esta felicidade, esta fluidez, este equilíbrio no dar e receber, mas sei que me sinto uma privilegiada por ter direito a este amor.

Podem ser mais 5, ok?

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Parabéns Avó Odete!

A Odete faz hoje 79 anos, ainda cheios de frescura e muita personalidade. E que personalidade! Mas a minha Odete, com as suas qualidades e o seu feitio vincado, é uma grande mulher. Uma mulher decidida, inteligente, com iniciativa, cheia de força e de opiniões. Uma mulher definida, independente, interessada e interessante.

A caminho dos 80 ela envia sms, ela vê debates e discute política, ela está sempre a par dos assuntos da actualidade e tem sempre conversa. E a gente perdoa-lhe o dramatismo, porque os escorpiões têm destas coisas. Eles não são más pessoas, são apenas dramáticos. E eu tenho com ela uma relação especial, talvez porque aceito e compreendo a sua forma de ser.

Parabéns avó, que somes ainda muitos anos de vida.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Sintra, Capital do Futebol 3ª parte

Sintra ganhou hoje mais 4 anos de estagnação. Mais 4 anos do deixa-andar, do esquecimento, mais 4 anos entregue a um senhor professor que só de lembra de Sintra aquando as eleições. Não me interessam as cores: não tenho simpatias políticas e oscilo consoante o contexto, mas gosto tanto da terra que me viu crescer, da terra onde trabalho e moro, que palavra de honra apetecia-me que os resultados eleitorais tivessem sido diferentes. A Ana Gomes pode não reunir consenso, eu própria não tenho uma ideia bem formada acerca dela, mas merecia uma oportunidade: pela campanha que fez, por ter palmilhado cada uma das 20 freguesias e organizado sessões públicas em cada uma delas, por ter demonstrado INTERESSE por esta terra. O senhor professor não é deputado europeu mas tem uma ocupação a tempo inteiro chamada Futebol. Além disso, quando concorreu a Sintra pela primeira vez veio fazer o frete, algo que a Ana Gomes não estava a fazer, apesar de não renunciar a Bruxelas.

Estou cansada de viver num concelho sem chama, sem energia, um concelho amorfo, com um presidente que mora em Lisboa e vota em Viseu. Um presidente que passa a vida nas televisões e nos jornais a comentar a "bola" mas que raramente surge a defender o seu concelho, a defender as pessoas que cá moram (ele não mora cá, não é?). Um presidente que apesar de ter ganho a maioria absoluta no último mandato, resolveu distribuir pelouros por todos, para ficar mais liberto para as suas actividades principais e ter menos aborrecimentos com a oposição.

Ninguém vê isto? Pelo visto, 45, 25% das pessoas não vê! É a democracia e respeito-a mas não posso deixar de lamentar estes resultados.

Sabem que mais? É uma pena que não se possa clonar o Obama - por mim podia ser um Obama para o país e um para Sintra. O homem ainda não fez nada em concreto mas acho que já fez muito por todos nós: deu-nos esperança na política!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Já nasceram!

A gémeas mais esperadas do ano já nasceram! Eu já as vi e são lindas, lindas. Parabéns e muitas felicidades aos papás.

E agora vou de férias descansada, que as meninas já cá estão fora e correu quase tudo dentro do esperado.

Até daqui a umas semanas, que a Itália espera por nós...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Morte & Vida

Visitava-a duas vezes por ano: no Natal e na Páscoa. Família adquirida, o que fazia dela minha tia-avó. Não existiam laços ou quaisquer outro tipo de sentimentos. Era apenas isto, uma visita bianual de 15 minutos, ao lar onde vivia. Foi hoje o funeral, aos 80 anos. E os funerais servem para nos lembrar da nossa mortalidade, da mortalidade dos que amamos e dos funerais aos quais desejávamos nunca ter ido. É sempre triste e deprimente: os senhores da funerária vestidos de luto, o odor intenso das flores, o som das pás e o fim, que não é o fim, porque o corpo continua debaixo daquela terra toda. Não percebo este ritual de se enterrarem os corpos. A cremação parece-me muito mais digna para os que partem e mais tranquilizadora para os que ficam, ainda que seja sempre difícil lidar com a morte.

A minha única perda foi o meu Avô Alfredo. Foi o maior choque da minha vida. Ele não era um avô, era o Meu Avô. Um homem delicioso que me marcou profundamente. Espero que um dia o meu pai e o meu sogro estejam à altura do Alfredo, da sua entrega e do seu amor incondicional. E acho que é isto a nossa maior prova de vida: semear e deixar raízes de amor.

Talvez seja isto a vida eterna: vivermos para sempre no coração dos que deixámos.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Alentejo...





A vida corre devagar no Alentejo... Não sei se é da costela ribatejana mas deliro com estas paisagens. Há uma sensação de ligação à terra, de homeostase com o ambiente. Sabe bem, mas receio que não conseguisse viver aqui - adivinhar-se-ía uma morte lenta.

Mas para passar o fim de semana não há melhor. Ficámos no Hotel Rural da Lameira, que aconselho vivamente. Quartos térreos com vista para a barragem, piscina, restaurante gastronómico e muita paz.

Já estou como o outro "fui muito feliz em Alter-do-Chão". Houve direito a passeio à Coudelaria de Alter do Chão, ao Crato, a Marvão, ao Fluviário de Mora. E ainda a bochechas e plumas de porco de preto, a migas, a vinho tinto, a caipirinha, a andar de bicicleta, de gaivota e muito romance com o meu homem.

Podem vir mais destes?!?

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Zuma... Zumiste-te!


Eu gosto de jogos estúpidos com bolinhas. São divertidos e aliviam-me o stress. Geralmente são jogos curtos e ao fim de 15 minutos a dar "tiros" nas bolas consigo retomar o trabalho. Só que este filho da p* deste Zuma têm-me feito perder muito mais que 15 minutos por dia. Cheguei ao nível 12-6 mas a sensação não é de euforia, pelo contrário. Sinto-me muito tolinha por tratar do meu tempo desta maneira. Portanto, enchi-me de coragem e desinstalei esta criatura do demo do meu lindo pc.

Sou livre novamente... :)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

26

Não se pode ter 26 anos para sempre!

E há 26 anos, eu, no alto dos meus 3 anos e meio aguardava por ti. E desde então que é uma espécie de amor incondicional. Não me lembro de existir antes de ti. As minhas memórias começam contigo na barriga da mãe, quando te vi a primeira vez e ao teu cocó amarelo. Não percebo as crianças que sentem ciúmes dos irmãos mais novos: tu nunca me tiraste nada, pelo contrário, deste-me um lugar. O lugar de irmã! Bem sei que o confundi muitas vezes com o lugar de mãe e como isso te irritou, te aborreceu. Sei também que passámos por brigas, gritos, palavrões, que te fiz rabiar, chorar e que a adolescência acentuou as nossas diferenças. Voltaria atrás, caso fosse possível, só para que nunca tivesses duvidado da importância que tens para mim. Tu não sabes, mas dar-te-ia os rins, os pulmões, a traqueia, o útero, o cérebro (se calhar não querias), a vida...

Hoje, no alto dos meus 29 anos e meio, sinto um orgulho imenso e uma admiração louca por ti. E não é apenas uma questão de sangue. É olhar-te e ver a mulher linda que te tornaste, a forma equilibrada e inteligente de seres, a sabedoria e maturidade como vives, a pureza dos teus gestos, o afecto que demonstras nos pequenos detalhes, a tranquilidade com que procuras e estabeleces o teu espaço no mundo.

A ti, minha querida, parabéns (muitos) pelos 26 e pelo que sabes ser.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

A questão da maternidade

O post da minha querida C. e o programa que ela refere deixaram-me um amargo de boca.

Estou quase a chegar aos 30 e o projecto maternidade mantém-se adiado. Porquê e para quê, pergunto-me. E sim, já não há dúvidas que é um projecto, que é um querer, uma vontade própria e partilhada. Mas mesmo assim vai-se adiando, como se houvesse todo o tempo do mundo. E o tempo todo do mundo são 5 anos, mais coisa, menos coisa. E ainda existe este fantasma da infertilidade: e se quando quiser, se quando finalmente decidirmos não for possivel? E se não conseguirmos? E se por outro lado, o bebé não nascer saudável, se as coisas não correrem bem? Medooooo.

O meu pai tem uma frase muito sábia "dois proveitos não cabem dentro de um saco estreito". E o reverso da medalha do planeamento familiar (trezentas vénias a quem inventou a pílula) é que torna demasiado racional a decisão de se ter filhos.

A decisão de deixar de tomar os comprimidinhos é uma responsabilidade do caraças. Este gesto em consciência obriga a uma reflexão profunda: haverá estabilidade financeira para o criar, haverá maturidade para aceitar as inevitáveis alterações da vida, será que um filho me impedirá de concretizar outros voos, estaremos preparados para este papel, será que o trio afectará a dupla (...) São questões complexas e só haverá resposta depois de se vivenciar. Têm-me dito que o melhor é não pensar muito, porque se pensarmos muito então nunca nos decidimos. Também há aquele mito do relógio biológico. Durante muito tempo achei de facto que iria sentir literalmente um tic-tac, só não sabia se seria na barriga, na cabeça ou no coração. Já desisti!

A pressão social não me afecta minimamente e para falar verdade nem me aborrece propriamente. A sentir pressão é mesmo desta condição de iogurte: com prazo de validade limitado.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Contagem decrescente...

Faltam precisamente 11 dias para rumar a Viena de Áustria. Um mimo para festejar dois anos de aliança no dedo. Um presente para descansar e sair deste rengue-rengue do dia-a-dia que às vezes sufoca. Mentalmente já iniciei a viagem, faltam os preparativos: pesquisar os locais a visitar, ler resmas de fóruns à procura de informações complementares, inteirar-me da gastronomia local...e esperar que chegue depressa a partida.

Vivam as lowcost!!!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Apontamentos II

Temos a certeza que Portugal é um pais exótico quando vamos à feira com 3 dinamarquesas. É que as meninas descobriram um mundo novo. Para além da descoberta das favas e das nêsperas, a animação de rua foi o clímax da visita. É que os nossos ciganos sabem fazer a festa e ainda por cima têm goelas rijas.

E para que não restem dúvidas, deixaram escrito: "Thank you for showing us the spirit of Portugal".

Apontamentos I

Num refeitório escolar:

Eu:
Então e tu, porque é que não comes a sopa?
Rapazinho dos seus 8 anos:
Porque eu sou Altista e os Altistas não comem isto!
Eu:
(a disfarçar o riso) Então, mas o João também é "Altista" e está a comer a sopa.
Rapazinho:
Mas o João é mais do que eu!

Que tal se ensinassem primeiro os miúdos a falar português e só depois os rotulassem, ah?

Doméstica em part-time

Quando eu era adolescente ralhava com a minha mãe que passava ora o sábado, ora o domingo a limpar a casa, a passar a ferro, a cozinhar para a semana. Fazia-me confusão que não aproveitassem o fim de semana, para passear, para sair, para descansar. Mal sabia eu que os gestos, qual herança genética, acabam por se repetir. E lá estive eu no domingo, a seguir ao almoço em família e com o tempo cronometrado, a aspirar a casa, a limpar casas-de-banho, a pôr roupa a lavar, a arrumar os casacos espalhados. E a saga continua, porque é preciso estender a roupa, apanhá-la, passar a ferro, pensar no que será o jantar e fazê-lo. Claro que as tarefas são partilhadas mas só quem tem 2 cromossomas x é que se aflige com o facto de a vida doméstica não estar em ordem.

Por isso, tomei uma sábia decisão e voltei a contratar os serviços da engomadoria. Estamos em crise e é preciso poupar, mas a minha sanidade mental vale mais. Já que não me dá "jeito" ter uma Maria 2 x semana, ao menos que tenha um Zé Manel a trazer-me a roupa passada.

Sempre se pode considerar um upgrade geracional (valha-nos isso)!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Depois de Évora...

Rir faz bem à alma. Beber uns copos também. E basicamente foi o que fizemos: rimos, bebemos uns copos, fizemos a festa e fomos felizes.

E são estes momentos que ficam, que se guardam, que fazem história. Há 20 anos que somos amigas, uma amizade de amor. E confirmei aquilo que já sabia: por esta miúda dava a volta ao mundo, se fosse caso disso.

Para a minha S. tudo de bom e mais um bocadinho!


quarta-feira, 1 de abril de 2009

Évora recebe 7 miúdas giras!

Organizar uma despedida de solteira não é tarefa fácil, sobretudo quando não é a nossa e mais ainda quando o nosso forte não passa pela organização de eventos. Sim, porque para mim a véspera é sempre uma boa altura para se marcar ou decidir o que quer que seja.

Contrariando esta tendência comecei a tratar de tudo há 1 mês: um primeiro e-mail às 23 felizes contempladas a informá-las que seria eu o mestre de cerimónias e a pedir-lhes sugestões (ainda transpirava de democracia). Face à fraca participação (que isto de pensar dá trabalho), instituiu-se a ditadura: vai tudo passear a Évora! Divide-se a gasolina, dorme-se numa pensão barata e janta-se num sitio porreiro, que comer e beber é que é importante! As "inscrições" foram chegando e atingiu-se o número mágico de 7. Sete miúdas em terras alentejanas. É um bom presságio!

Mas já tinha havido outro bom sinal: depois de ter, com muita antecedência, contactado a pensão que nos fazia a noite a 10€/pessoa (sim, que a idade avança mas a crise também), eis que resolvi marcar efectivamente os quartos no último domingo. Qual não é o meu espanto quando oiço "ah menina, estamos esgotados". Insultei-me trinta vezes, agarrei-me à internet e liguei para todas as pensões e residenciais de Évora. Não satisfeita com a minha irresponsabilidade e não contente com o orçamento de 17,5€ que entretanto consegui, eis que a Casa Palma resolveu os meus problemas e voltámos ao valor inicial.

Ainda liguei uma segunda vez para confirmar se era com pequeno-almoço incluído. Resposta "oh minha senhora, por 10€, acha?"

Eu cá não acho, na senhõra, mas não sou de desconfiar da esmola!

É já no Sábado! Meninas, Évora está à nossa espera!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Hoje come-se amor...

Há 6 anos demos o nosso primeiro beijo.
Há 6 anos ouvi-te falar dos gregos durante mais de 2 horas.
Há 6 anos comemos indiano e bebemos tinto alentejano.
Há 6 anos vestia uma camisola azul turquesa.
Há 6 anos a noite cheirava a flores e o vento corria fresco.
Há 6 anos abraçaste-me e foi nesse instante que o meu coração se encheu.

E desde então o meu coração vive cheio: de um amor inteiro e visceral.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Pão com menos sal

O parlamento anda inspirado e aprovou recentemente um projecto lei que estabelece que "o teor máximo permitido para o conteúdo de sal no pão", seja de 1,4 gramas por 100 gramas de pão. Eu cá aplaudo: assim como assim, não costumo discutir com o padeiro a quantidade de sal que ele se lembra de pôr no pão.

Claro que algumas pessoas sensíveis já se manifestaram: atentado contra a liberdade individual, paternalismo exacerbado do estado, etc e tal. Não há necessidade de tanta indignação! Gasta-se tanto dinheiro em prevenção rodoviária e as mortes causadas por doenças cardiovasculares são exponencialmente maiores. Esta medida não custa dinheiro e ninguém vai deixar de comer pão por uma redução de sal de 25%. O paladar habitua-se e pode ser, pelo menos, que ajude a poupar nos medicamentos para a hipertensão.

Verdade seja dita: enquanto discutem o teor de sal no pão, não chamam nomes feios uns aos outros.

sábado, 14 de março de 2009

Gran Torino

Saciada e cheia por dentro! Saí da sala assim, agradecendo ao Clint pela vibração, pelas gargalhadas e pelo soluçar inesperado no final (e juro que não estava no período critico do mês).

Num mundo que não é para velhos, este homem insurge-se e faz-nos mesmo acreditar que a velhice é somente um estado de alma.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Conversa no cabeleireiro...

Pessoa: ... a minha filha anda na escola da frente...
Eu: Na escola primária?
Pessoa: Sim, sim...
Eu: Ah, e a comida da escola é boa?
Pessoa: (com ar muito afectado) Ah, a minha filha não come lá! Ela é muito esquisita e eu prefiro que ela coma no colégio.
Cabeleireiro: Pois, a qualidade não deve ser muita...
Pessoa: Não, parece que qualidade tem, têm uma dietista que faz as ementas e indicam o valor calórico e tudo. As ementas é que são esquisitas: dão douradinhos com batatas cozidas e um peixe esquisito, um tal de fogonero, que eu até fui pesquisar à internet e não encontrei nada... mas a diferença de preço é grande, que eu no colégio pago 7€ pelo almoço e na escola são 1,50€.
Eu: Pois...

E assim vemos o nosso trabalho ser avaliado no cabeleireiro.

Se calhar devia ter esclarecido aquela mãe: que os douradinhos se dão, às vezes, com salada russa (que leva batata, cenoura e ervilhas) e que o "fogonero" é servido em filetes e que bastava uma simples pesquisa no google para ficar esclarecida. Mas ela parecia tão contente por pagar quase 7x mais pelo almoço da filha, que não tive coragem de a contradizer...

sexta-feira, 6 de março de 2009

Insatisfação crónica

Eu gosto de andar a 1000 à hora. De fazer jus ao género feminino e fazer várias coisas ao mesmo tempo. Ter uma vida agitada, a agenda preenchida, sentir os neurónios em ebulição, gerir os diferentes papéis que assumo dependendo da hora do dia.

Quando não tenho isto, sinto-me inútil. Quando a minha vida anda assim, sinto-me cansada, com uma preguiça danada e só me vem à cabeça a expressão de uma bisavó que não conheci, mas que a família fez questão de manter viva: “Ai menina, tinha tanto para fazer que me deitei!”
Bisavó Adelina serão os genes, ou serei eu uma eterna insatisfeita?

terça-feira, 3 de março de 2009

Henrique, Henrique...

Caiu o pano, arrumaram-se as tralhas, limparam-se os vestígios de Henrique IV e fechou-se a porta com o sentimento de missão cumprida. Fim!

Agora só resta arrumar o vazio em nós, resolver esta nostalgia que sempre fica quando se acaba o que é bom e esperar que a memória se ocupe dos momentos que não queremos esquecer.

E eu não me esqueço: da ex-sempre-matilde a rodopiar à minha volta e da pena que tive de não ter sabido estar à altura, das pizzas engolidas no chão, da cumplicidade com o Carlo, da vertigem da estreia, de ter deixado o público a bater palmas tempo a mais, de ter sentido inicialmente uma antipatia pela personagem/pessoa e ter adorado a pessoa/personagem, da notícia de duas feijocas a germinar, de ter descoberto uma história de amor na escadaria, dos desmaios histéricos e deliciosos da minha querida e sonsa Frida, da partilha de todos estes momentos com o Sr. produtor…

São estas interacções que permitem que os dias sejam de outras cores que não o cinzento.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Começar...

E agora? Agora que isto é uma responsabilidade: largam-nos estes presentes na mão, sem qualquer aviso prévio, e agora vá, escreve para aí, expõe-te a este mundo virtual... Não sei se serei capaz de manter vivo este "o que se come" mas nada como experimentar. Prometo amiga, mas não agradeço ainda, está bem?

O que se come... seja o que for, que seja com os olhos e com a boca.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Isto é um presente!

Este é um presente que eu decidi dar à minha amiga RJ!

Aqui, amiguinha, poderás escrever sobre o que quiseres...

Facilmente poderás falar sobre o que o título te sugere, mas serás sempre capaz de voar para onde te apetecer.

Diverte-te!

Beijinhos