Visitava-a duas vezes por ano: no Natal e na Páscoa. Família adquirida, o que fazia dela minha tia-avó. Não existiam laços ou quaisquer outro tipo de sentimentos. Era apenas isto, uma visita bianual de 15 minutos, ao lar onde vivia. Foi hoje o funeral, aos 80 anos. E os funerais servem para nos lembrar da nossa mortalidade, da mortalidade dos que amamos e dos funerais aos quais desejávamos nunca ter ido. É sempre triste e deprimente: os senhores da funerária vestidos de luto, o odor intenso das flores, o som das pás e o fim, que não é o fim, porque o corpo continua debaixo daquela terra toda. Não percebo este ritual de se enterrarem os corpos. A cremação parece-me muito mais digna para os que partem e mais tranquilizadora para os que ficam, ainda que seja sempre difícil lidar com a morte.
A minha única perda foi o meu Avô Alfredo. Foi o maior choque da minha vida. Ele não era um avô, era o Meu Avô. Um homem delicioso que me marcou profundamente. Espero que um dia o meu pai e o meu sogro estejam à altura do Alfredo, da sua entrega e do seu amor incondicional. E acho que é isto a nossa maior prova de vida: semear e deixar raízes de amor.
Talvez seja isto a vida eterna: vivermos para sempre no coração dos que deixámos.
A minha única perda foi o meu Avô Alfredo. Foi o maior choque da minha vida. Ele não era um avô, era o Meu Avô. Um homem delicioso que me marcou profundamente. Espero que um dia o meu pai e o meu sogro estejam à altura do Alfredo, da sua entrega e do seu amor incondicional. E acho que é isto a nossa maior prova de vida: semear e deixar raízes de amor.
Talvez seja isto a vida eterna: vivermos para sempre no coração dos que deixámos.
4 comentários:
Já sabes amiga, do que precisares...
Kiss
...
Beijos, amiga!
que bonito post...
beijo
t.
(...)
"tudo passa... só o amor permanece" Chiara Lubich
abraço bom linda
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