sábado, 9 de julho de 2011

Saturday night...

Sábado à noite e eu aqui, sozinha, a velar o sono da cria. Vai ser assim nos próximos fins-de-semana deste e do próximo mês.

... Não é queixume! Eu sabia que a vida ia ser diferente e que por mais que exista partilha iria ficar sempre com a maior fatia, pelo menos durante o primeiro ano. Por mais que queiramos a igualdade, há razões fisiológicas que não conseguimos contornar, ou pelo menos, sem prejuízo. Quando estamos os dois é mais fácil e nem se pensa nisso. Assim, sobra espaço para reflectir nesta condição de ser mulher. E ser mulher é uma pastilha agri-doce. Não é que zelar e cuidar do meu filho não seja suficientemente importante ou mais importante do que qualquer outra coisa mas é o saber que neste momento os papéis não podem ser invertidos que mexe com o meu sentido de igualdade entre os sexos. Invariavelmente a mulher acaba por ser sempre a mais sobrecarregada, a mais dividida, a mais exposta a escolhas, que conduzem sempre a um dos sacos vazios, recorrendo à tal máxima que dois proveitos não cabem num saco estreito.

Continuo a dizer que não é queixume, estou aqui alegremente sem que o saber que há vida lá fora me belisque, sem que o convite declinado para o alive me faça lamentar por aí além mas é este trinómio de mãe, esposa e dona-de-casa, a que só as mulheres respondem no conceito que representa, que me deprime.

1 comentário:

Senhor Geninho disse...

Ossos do "ofício"!! xD

Beijocas para vocês!!